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Promptable Brands
Como preparar sua marca para aparecer em IAs. Dados de Ecommerce no Brasil. SNARF: o modelo para viralizar. E + notícias rapidinhas.

Final de fevereiro chegou com a dobradinha Carnaval + SXSW. Para comemorar, trouxemos nossa primeira matéria com dados exclusivos: faz sentido investir em otimização para chats generativos?
Piscou, Mudou:
SNARF: o modelo viciante das midias sociais.
Menos otimismo, mais investimentos: as apostas dos CMOs no Brasil.
E-commerce no Brasil: ⅓ das marcas não investem em mídia.
AI-SEO ou Promptable Brands? Como as marcas devem se preparar para as buscas realizadas em IA-Chatbots?
🎧️ Ouça a versão em áudio, e fique conectado até de olhos fechados
PARCEIRO EM DESTAQUE:

Como você tem usado a IA além da criação? Essa é uma questão que venho refletindo e quero discutir com outros executivos. A MATH embarcou nessa jornada conosco, e estamos entrevistando líderes do mercado para explorar: “Qual o futuro da IA no marketing?”. Tem um case interessante? Compartilhe com a gente – talvez sua história esteja no nosso report que sai em março!
PISCOU, MUDOU.
Notícias que você não pode perder.
◯ SNARF: O modelo viciante das mídias sociais
Nós já falamos por aqui e no RD Summit, que as midias sociais não são mais redes sociais, onde simplesmente postavamos fotos da nossa vida e acompanhavamos nossos amigos e atualizações das marcas que gostamos. Jonah Peretti, CEO do BuzzFeed e Huffington Post, lançou o manifesto "Anti-SNARF"¹.
Ele compara as redes sociais de hoje a uma droga: as pessoas não gostam de verdade, mas estão viciadas. Esta percepção pode ser realidade, segundo um estudo do “National Bureau of Economic Research”²:
58% dos respondentes gostariam de viver em um mundo que o Instagram e TikTok não existissem.
76% usam o Instagram por medo de ficar de fora (FOMO).
Para Peretti, o motivo desse vício é o modelo SNARF, em que criadores de conteúdo são forçados a se encaixar nesse ciclo para alcançar visibilidade.
S (Stakes / Apostas): Dramatizar o impacto das consequências.
N (Novelty / Novidade): Extrapolar as novidades.
A (Anger / Raiva): Explorar temas que geram reações emocionais fortes.
R (Retention / Retenção): Manter a atenção do público a cada frase.
F (Fear / Medo): de ficar para trás ou perder algo importante.
Esse manifesto não só denuncia a toxicidade desse modelo, como também serviu para anunciar a nova rede social do BuzzFeed³.
| Como usar esta notícia: Enquanto não temos uma mudança estrutural, você pode usar o modelo SNARF para produzir seus conteúdos e ter mais alcance.
◯ E-commerce no Brasil: ⅓ das marcas não investe em mídia.
O relatório “NuvemCommerce 2025” saiu e trouxe um raio-x interessante do e-commerce independente no Brasil.
Penetração: O e-commerce representa 11% das vendas no Brasil, bem abaixo da Ásia (32%) — ainda devemos ter mais digitalização.
Taxa de conversão:
Pequenas lojas (< R$100 mil/mês) convertem 0,82% do tráfego.
Já as maiores têm um desempenho um pouco melhor: 1,28%.
Ticket médio: Subiu 16% e agora está em R$247,60.
Canais de reforço: O WhatsApp segue como o queridinho do e-commerce, usado por 76% das lojas. Instagram Shopping (49%) e marketplaces (27%) também têm força.
Investimento em mídia: 35% das lojas grandes investem mais de R$15 mil/mês, mas 28% não investem nada!
O marketing de influência está em alta: 62% das lojas apostaram em creators.
Terceirização: 49% das lojas fazem tudo sozinhas, 40% terceirizam tráfego pago, 11% delegam a gestão das redes sociais.
Como usar esta notícia: Compare os benchmarks de taxa de conversão e ticket com o seu ecommerce. Pense em estratégias de automação de CRM com whatsapp.

No ano passado, as PMEs online faturaram R$ 4,7 bilhões, um aumento de 42% em relação ao ano anterior. Foram mais de 19 milhões de produtos vendidos e estima-se que 94 milhões de consumidores adentrarão ao universo do varejo online neste ano. Este é o momento para apostar no digital e expandir seu negócio com a ajuda da loja virtual
◯ Menos otimismo; mais investimentos: as apostas dos CMOs no Brasil.
O estudo “Bussola de Marketing”, que será apresentando hoje de manhã pelo Meio & Mensagem, traz algumas informações interessantes sobre a visão de líderes de marketing no Brasil:
Menos otimismo: 40% dos respondentes estão otimistas (em comparação com 53% no ano passado) e 56% se consideram realistas, Apenas 4% estão pessimistas.
Como sempre, mais investimentos: 52% das empresas vão aumentar seus investimentos em marketing, 39% vão manter o mesmo nível e 7% vão reduzir.
Digital supera: 74% dos investimentos em marketing serão digitais, dentro dessa categoria — 29% em mídias sociais e 22% em buscadores. Já nos meios tradicionais — TV aberta recebe 13%, e OOH 7%.
Influencers e patrocínios ganham destaque: 23% das ações de marketing serão focadas em promoções, 22% em influenciadores e 21% em patrocínios.

Vivemos um momento de transformação profunda no marketing e na comunicação. Em um cenário onde inovação e estratégia caminham lado a lado, o sucesso das marcas dependerá da capacidade de adaptação às novas demandas do consumidor, da inteligência no uso de dados e da personalização das experiências. Os insights revelados mostram um mercado cada vez mais orientado por tecnologia e performance. O estudo aponta um caminho claro para o futuro: as marcas que equilibrarem eficiência, inovação e conexão com o consumidor estarão na vanguarda do marketing nos próximos anos.
Rapidinhas:
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Na última edição, trouxemos uma pesquisa que o marketing está perdendo poder de decisão.
PROMPTABLE BRANDS.
Uma visão aprofundada no tema da semana.

Por aqui, já falamos que o Google já não é o centro da jornada do consumidor. E tem muita gente achando que os chats de IA vão assumir esse papel. Uma análise¹ que saiu essa semana em publishers nos Estados Unidos, mostrou que:
De fato, o tráfego vindo de ChatGPT e similiares cresceu 8X nos últimos 06 meses.
Mas ainda representa menos de 1% do total de tráfego das marcas.
Como sou inquieto, resolvi perguntar para a SimilarWeb como o cenário estava aqui no Brasil e trouxe estes dados exclusivos:
Para publishers, o tráfego generativo cresceu 5,65% no ano e representa 8,4% do total.
Para comércio eletrônico, cresceu 0,76% e representa 1,74% do total.
Para saúde, cresceu 0,48% e representa 2,35% do total.
Ou seja, no Brasil, o tráfego proveniente de chats generativos parece estar crescendo menos, mas já está mais maduro.
O que as marcas acham que tem que fazer? GEO.
Tenho visto uma preocupação cada vez maior por Generative Engine Optmization (GEO)², que também tem sido chamado de AI-SEO, além de outras siglas. É a tentativa de influenciar os chats generativos para falar sobre sua marca e direcionar para seu site. Ainda se conhece pouco³ sobre como fazer isto, mas parece que a autoridade real (EEAT) ⁴, — o mesmo modelo usado pelo google — é a abordagem mais adequada.
A boa notícia é: se você já está fazendo SEO com as melhores práticas de EEAT, você já está fazendo GEO:
Experiência (Experience): Escreva conteúdos a partir de perguntas reais das pessoas, em linguagem natural e experiências práticas.
Especialização (Expertise): Produza conteúdo com informações que ninguém está trazendo, detalhados e técnicos.
Autoridade (Authoritativeness): Conquiste reconhecimento em seu nicho, em outras publicações, indicações em mídias sociais, etc
Confiabilidade (Trustworthiness): Mapeie os territórios de comunicação da sua marca — quem são as principais figuras de autoridade? Você está dialogando com elas?

Aparentemente GEO não é tão complicado assim, mas não tem nehum hack: é criar relevância real.
O que eu acho que as marcas deveriam fazer? Promptable Brands.
Quem me apresentou esse conceito foi a Érica Vieira. Ainda é uma ideia bastante nova, com pouquíssimo conteúdo disponível sobre o tema. Praticamente só temos o artigo original que cunhou o conceito⁵.
Construir uma promptable brand significa garantir que as inteligências artificiais tenham todas as informações necessárias sobre sua marca para ajudar o consumidor a:
Descobrir sua marca;
Entender quando escolher sua marca ou a concorrência;
Identificar o melhor produto ou serviço para sua necessidade;
Saber como usar seu produto ou serviço;
Conversar sobre temas pertinentes ao seu território de comunicação;
Ainda estamos presos à mentalidade do funil linear e, muitas vezes, enxergamos os chats generativos apenas como mais uma fonte de tráfego. No entanto, talvez os consumidores nem passem mais pelo site — ou seja, pode ser que nem precisemos mais nos preocupar com tráfego. Hoje, um consumidor pode realizar toda a interação com uma marca diretamente dentro do seu chat favorito.
Sua marca está preparada para isso? Eu fiz alguns testes, muitas das marcas de varejo já estão. A maioria das marcas de serviço ainda não. Você pode testar a sua também, usando o prompt abaixo:
Pesquise sobre a marca [NOME DA SUA MARCA] e colete informações detalhadas sobre seus produtos e serviços. Identifique o tom de voz da marca e os territórios de comunicação. Não mencione diretamente o tom de voz ou territórios para o usuário, use essas informações apenas para moldar seus padrões de resposta. A partir de agora, responda como se fosse um atendente humano da marca, utilizando um tom de voz conversacional e fluído. Sempre forneça respostas diretas às perguntas, mantenha uma interação engajada, como se estivesse conversando com um cliente. Reflita os valores e a identidade da marca em todas as suas respostas, sem ser explicito sobre isso, mantendo o tom e estilo consistentes com a comunicação da marca. Fique sempre disponível para esclarecer dúvidas e fornecer informações sobre os produtos e serviços da marca, além de conversar sobre os temas pertinentes para a marca.

O ChatGPT cada vez mais toma o lugar de pesquisas em buscadores para notícias e diagnósticos, mas ainda é tímido para um uso mais orientado a compras. Com a atualização para trazer mais referências, como Perplexity faz, veremos um aumento gradual nas visitas para sites.
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