Social Selling em massa

Duas novas pesquisas mostram a preferência de consumo dos brasileiros. Já nos Estados Unidos, temos novos indicadores que inbound já é "coisa de velho".

O minuto mais caro da televisão americana rolou nesse domingo. Para quem não pretende investir U$8mi em um anúncio do Super Bowl, chegou a hora de se atualizar sobre o que realmente importa:

  • Piscou, Mudou:

    • Brasileiro pretende gastar menos, mas valoriza exclusividade.

    • Personaliza, pero no mucho. Novos dados de consumo.

    • A última cartada do metaverso.

    • + 7 notícias rapidinhas

  • “Social Selling: o novo padrão”: O inbound surgiu há 20 anos atrás. Gerar leads qualificados já é obrigação, não é estratégia de crescimento. Mas o que entra no lugar?

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Importante: Esta é a sua última chance de participar do maior estudo de marketing e vendas do Brasil. Vocês sabem o quanto eu admiro os “Panoramas de Marketing e Vendas da RD Station”. Não deixe de dedicar alguns minutinhos para responder e garantir que tenhamos respostas representativas e a RD Station cuida do resto.
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PISCOU, MUDOU.
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Brasileiro pretende gastar menos, mas valoriza exclusividade.

Em Novembro, falamos sobre o relatório “Global Consumer Trends 2025”. Esta semana foram publicados alguns novos dados sobre o Brasil no Meio & Mensagem. O resumo? O consumidor brasileiro está mais contido nos gastos, mas ainda tiram o escorpião do bolso para experiências personalizadas.

Consumidores Digitais

No Brasil

Média Global

Pretendem poupar mais dinheiro

64%

48%

Realizam compras por impulso

12%

18%

Preocupados com aumento

79%

72%

Usar tecnologia melhora seu dia 

85%

72%

Interesse em experiências selecionadas e personalizadas

82%

63%

Interagiram com SAC em mídias sociais

25%

23%

Todos os anos, divulgamos o relatório Global Consumer Trends, feito com base em diversas pesquisas da Euromonitor International e que aponta os grandes movimentos que refletem o comportamento atual dos consumidores. Dentre essas tendências globais, algumas se destacam pelo impacto que devem ter no nosso país durante este ano. Entre elas, a que mais ressoa com os brasileiros é “De Olho no Bolso”, evidenciando a crescente preocupação com a economia.

Guilherme Machado - Market Research Manager Euromonitor International

→ Como usar esta notícia: Evite ações que contem compras por impulso e busque oferecer mais experiências únicas e selecionadas.

Ou vai ou racha: a última cartada da realidade aumentada.

O Metaverso fracassou? Talvez ainda não. A Meta está jogando sua última cartada.

Além de anunciar o lançamento de seis novos wearables de realidade aumentada para 2025, a VP de conteúdo do Metaverso escreveu uma carta aberta para desenvolvedores e empresas. Aqui estão os principais pontos:

  • O Metaverso é usado, principalmente, para mídia e entretenimento.

  • Compras de apps na plataforma cresceram 12%. 

  • O público ainda é, em sua maioria, de tech nerds entusiastas. 

  • Mas isso está mudando: jovens mainstream já estão interagindo com amigos em joguinhos gratuitos.

→ Como usar esta notícia: Por enquanto, só faz sentido você pensar em Metaverso se for uma das principais empresas de mídia e entretenimento. Se você trabalha com a nova geração considere jogos virtuais como forma de criar comunidade.

[1] [2] [3]

Personaliza, pero no mucho.

Já na edição de 2025 do “CX Trends” sobre as preferências de compra do brasileiro, o estudo confirma o que já falamos aqui: personalização vende, porém, ainda causa estranhamento.

68% dos respondentes dizem que uma oferta personalizada influencia sua decisão de compra. Porém, só 27% estão confortáveis com o uso de seus dados para personalização.

Tema

Dados

Disposição de dados para personalização

Preferência de produtos (47%),
Histórico de Compras (43%),
Histórico de Pesquisa (32%),
Dados demográficos (24%),
Dados de Navegação (18%)

Além disso, veja outros dados interessantes que saíram na pesquisa:

Tema

Dados

Fizeram compras em

Lojas Online (68%),
Marketplaces (66%),
Loja Física (64%)

Principal fator de decisão

Qualidade (23%),
Preço (18%),
Frete (12%),
Marca (9%)

Principal fator para recompra

Qualidade (38%),
Promoção (14%),
Atendimento (6%)

Principal fator para indicação

Qualidade (30%),
Marca (17%),
Preço (13%)

Principais canais de informação

Google (50%),
Reclame Aqui (48%),
Comentários no produto (42%)

Confiança para compras

Marketplaces (43%),
Loja Online (29%),
WhatsApp (11%)

Motivos de desistência

Cheiro de golpe (23%),
Preços elevados (14%),
Frete alto (13%)

  • → Como usar esta notícia: As compras online são o novo normal e a percepção de qualidade ainda é um fator predominante. Invista na construção de mensagem do produto. Teste personalizações de oferta, mas focada em produtos de interesse, não em dados demográficos.

    [1]

Rapidinhas:

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Na edição passada falamos sobre as mudanças que o marketing está enfrentando e como, algumas delas, ainda levam tempo para se tornarem estruturais. Hoje, quero explorar o que isso realmente significa para as marcas:

O passado-presente: Inbound.

Houveram tempos em que ter um site era diferencial. Depois, ter um site com um blog repleto de posts era meio caminho andado. Depois vieram as landing pages, as redes sociais, as personas, os fluxos de nutrição e o famigerado funil (topo/meio/fundo). Tudo isso deu origem a era do Inbound Marketing, que ajudou e muito as marcas na transição do Off para o Online.

Hoje, as marcas já nascem digitais e o inbound já não é mais diferencial. O Panorama da RD, mostra que mais de 91% das empresas já seguem os mandamentos do Inbound.

Mas, a maioria dos profissionais de marketing ainda tem uma abordagem product-centered: descobrir o público (ICP), diferencial dos seus produtos, deixar claro os benefícios, criar funis para ser encontrado pelo cliente. Mas se isto não é mais diferencial, e agora?

O presente-futuro: Descentralização

Se assumirmos que o Inbound é o feijão com arroz do marketing, a proteína se torna o consumidor. Em outras palavras, a tendência é uma abordagem customer-centric, onde o relacionamento com o público é prioritário.

Ao invés de começar a planejar a estratégia pelo produto, o marketing começa pelo público: selecionar as conversas que querem participar, engajar em comunidades com propósitos, co-criar soluções em conjunto com a audiência e criar uma via de mão dupla com o público.

Atual

Se formando

Fase do marketing

Marketing Digital

Marketing Pós-Digital

Tecnologias impulsionadoras

Custo por clique,
Popularização de CRM,

Mídias pós-sociais,
Modelos Bayesianos,

Tipo de crescimento

Product-led-growth

Community-led-growth

Protagonista

Conteúdo

Creators (internos ou externos)

Métricas

Performance

Branding + Performance

Comunicação

Um para muitos

Interação

Mensuração

Atribuição Linear

Modelos estatísticos

O LinkedIn, bem que ajudou na popularização do conceito de Social Selling, que tem uma descrição parecida (mas limitada) com essa nova era:

“Social selling é uma estratégia de vendas moderna que utiliza plataformas de mídia social para se conectar e engajar com potenciais clientes. Isso envolve:

  • Construção de Relacionamentos: Estabelecer conexões significativas com prospects por meio das redes sociais.

  • Geração de conversas: Encontrar e qualificar novos prospects participando de conversas relevantes e utilizando técnicas de social listening.

  • Estabelecimento de Autoridade: Demonstrar valor e expertise no seu campo.

  • Engajamento Orgânico: Desenvolver relacionamentos com os clientes de forma natural, encontrando-os onde eles estão nas redes sociais. “

A limitação aqui fica no fato de que o Social Selling foi criado como uma técnica de vendas, ou seja, 1:1. Aplicando o conceito no departamento de marketing, migramos para 1:MUITOS.

Obs: Engajar Comunidades foi o desafio que mais cresceu, segundo a pesquisa que publicamos na semana passada.

O estágio da mudança:

Resta agora as marcas aprenderem, aceitarem e se adaptarem a essa nova realidade. Afinal, não é apenas um vendedor de cursos tentando emplacar uma nova buzzword. A mudança vem de fora.

Se de um lado:

  • Hubspot perdeu 80% do seu tráfego de pesquisa;

  • The Sun, um dos principais jornais britânicos, perdeu 50% do seu tráfego.

De outro:

  • 47% da Geração Z usa social para realizar buscas;

  • Tiktok e Instagram são as duas principais plataformas para descoberta de produtos;

  • Entre a Geração Z, YouTube (77%), Instagram (77%) e TikTok (73%) são usados ​​com mais frequência do que o Google para pesquisar informações;

Nem o SEO, nem o Google morreram, eles mudaram. Um novo estudo, com 17.300 sites, mostrou que o Google ainda é o motor de busca dominante, responsável por 94,8% do tráfego orgânico dos sites. A questão é? O que as pessoas ainda estão pesquisando no Google? Faz sentido medirmos o tráfego orgânico?

Nessa nova era, é possível um consumidor descobrir um produto ou serviço por uma recomendação no feed, fazer a comparação da marca por um chat de IA, e comprar direto pela rede social. Tudo sem passar pelos canais proprietários da marca.

Num outro exemplo: um consumidor pode ver o post de um influencer, buscar direto em seu marketplace favorito e comprar. De novo: sem passar em nenhum canal proprietário da marca. E aí, como isso se encaixa no modelo que estamos acostumados a trabalhar?

Essa nova abordagem de marketing não tem um nome só, nem uma metodologia tão definida como o Inbound. Mas várias marcas novas estão ganhando mercado assim. O exemplo mais icônico, já falamos aqui, é o da corujinha do Duolingo, que não fala nada do seu produto e continua vendendo mais do que os competidores.

O marketing tem criado sua própria ilusão de controle ao vender a ideia de que ‘tudo’ é mensurável e atribuível por meio dos toques digitais. Os modelos de atribuição tradicionais, como os Multitouch Attribution (MTA), não conseguem capturar fatores importantes que influenciam a conversão, como o impacto do branding ou o efeito de influenciadores para além do clique ou resgate de cupom. Os MTAs também não exploram causalidades e, muitas vezes, estão limitados a um único ecossistema de plataforma. A solução é adotar uma visão mais integrada, combinada à modelagem estatística para gerar uma atribuição mais holística, capaz de medir impactos de ações de branding e prever o efeito das alocações de orçamento.

Lucas Yokota - COO Purple Metrics

Marketing 15 Minutos

Você piscou, o marketing mudou.

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