M2M - Marketing to Machine

Marketing B2B na LATAM + Perfil de consumo do Brasileiro + Notícias da semana

Curiosidade da semana: A Anthropic acredita que falta menos de um ano para termos funcionários 100% AI. ¹

NESTA EDIÇÃO.

Dados: Pra onde vai a verba do B2B? // Perfil 2025 do consumidor brasileiro.
Novidades: Novas funcionalidades do Meta, Perplexity, Threads e +
Insight: Marketing Machine to Machine: começaram a sair as primeiras pesquisas, e sim, a IA também é influenciada por propaganda.

PARCEIRO #M15 EM DESTAQUE:

Na semana passada saiu o Marketing Shots da Faster em parceria com a Exame, Growth Insight e nós do #M15. O Marketing Shots reúne dados e análises de líderes do setor, e oferece uma visão aprofundada sobre os desafios e estratégias atuais das marcas.

DADOS.

Pra onde vai a verba do B2B ?

O Brasil costuma ser o ponto focal das multinacionais na América Latina. E o novo estudo “Marketing B2B na América Latina” ¹ trouxe dados interessantes sobre como fazemos marketing B2B por aqui.

Mais internalização, mais controle, mais riscos.

O número de empresas B2B que não contratam agências cresceu. Em 2023, muitas testaram — e aparentemente não gostaram. Já no restante da América Latina, as agências são exceção, não regra.

Região

2021

2023

2024

Brasil

35%

27%

42%

LatAm

58%

No que as empresas B2B Investem vs O que acham que dá resultado?

Quando olhamos para onde vai o dinheiro e de onde vem a percepção de retorno, aparece uma velha conhecida: a tríade conteúdo orgânico nas redes sociais + eventos presenciais + email marketing. É o "santo graal" do B2B.

Categoria

2024 Brasil

2024 Países Latinos

Marketing de Conteúdo

75%

69%

Divulgação orgânica em mídias sociais

70%

63%

Eventos físicos

65%

58%

Estratégias de e-mail marketing

56%

59%

Divulgação paga em mídias sociais

49%

37%

SEO técnico

42%

24%

Busca Paga

39%

13%

Assessoria de Imprensa

31%

13%

Podcasts

21%

10%

IA Generativa

7%

10%

Só que, na prática, nem sempre o que se investe é o que gera mais retorno percebido. No Brasil, Google Ads lidera como fonte de retorno percebido. Talvez porque é o que aparece no dashboard. Já no restante da América Latina, o conteúdo orgânico parece mais valorizado. Será que por lá já entenderam que reputação não vem só com performance?

Plataforma

Brasil 2024 (variação)

América Latina 2024

Google Ads

73% (▲ +2 p.p.)

58%

Conteúdo orgânico

51% (▼ -7 p.p.)

60%

LinkedIn Ads

37% (—)

43%

Instagram

32% (= 0 p.p.)

31%

Facebook

20% (= 0 p.p.)

16%

Como usar: Talvez o maior desafio do B2B hoje seja criar conteúdo orgânico que una autenticidade e alcance. Sua empresa já está fazendo isso; ou ainda está só postando por postar?

 Perfil 2025 do consumidor brasileiro

O estudo “O Futuro do Consumo no Brasil” ¹ propõe uma segmentação psicográfica do consumidor — baseada em comportamentos, valores e motivações de compra. E um dado chama atenção: a liderança do consumo consciente está nas mãos da Geração Z e das classes D. Sustentabilidade deixou de ser discurso premium e passou a ser prática cotidiana de quem sente, na pele, os impactos do sistema.

Perfil de Consumidor

Descrição

Total

Mais predominante em

Consumidor Experiencial

Valoriza viagens, eventos e experiências marcantes

20%

Gen Y (22%), Gen X (21%), Classe B (32%)

Consumidor Tradicional

Prefere marcas conhecidas e mantém hábitos antigos

18%

Boomers (25%), Classe D (20%)

Consumidor Consciente

Dá preferência a marcas sustentáveis e com responsabilidade social

17%

Gen Z (19%), Classe D (22%)

Consumidor Inovador

Atrai-se por novas tecnologias e produtos modernos

15%

Classe A (25%)

Consumidor Personalizado

Busca produtos feitos sob medida ou personalizados

12%

Gen Z (15%), Classe B e C (13%)

Consumidor Local

Prefere comprar de pequenas empresas e do comércio local

11%

Classe D (17%)

Não se identifica com nenhum perfil

Não se reconhece em nenhum dos perfis descritos acima

8%

Boomers (14%), Classe D (13%)

Além de trazer um perfil psicográfico do consumidor brasileiro, o estudo mostrou que talvez estejamos perdendo a mão nos anúncios.

🔷 Apenas 25% consideram que as comunicações ajudam no processo de compra;
🔷 46% dizem que “depende”, às vezes ajuda, às vezes atrapalha.
🔷 13% afirmam que ficam mais confusos com o excesso de informação.
🔷 15% dizem que não faz diferença , as mensagens não influenciam suas decisões.

O excesso de publicidade não está gerando clareza. Está gerando ruído.

Como usar: Conhecer os diferentes perfis psicográficos ajuda na estratégia de marca. Com qual perfil sua marca tem mais fit? E tentarmos aos poucos, reduzir a quantidade de anúncios.

OPINIÃO.

No marketing B2B, tudo começa por reconhecer com honestidade o valor que sua empresa entrega e, a partir disso, escolher quem realmente compra esse valor — seu ICP. A personalização deixou de ser colocar o nome no e-mail. Hoje, ela precisa ser relevante e escalável, combinando dados de intenção, CRM atualizado e colaboração entre marketing, vendas e CS. É fundamental entender em que momento cada conta está e orquestrar ações específicas: campanhas One to Many para construir awareness, One to Few para personas e dores específicas, e One to One para contas estratégicas — com muito esforço conjunto. Mais do que vender, o marketing precisa iniciar conversas com timing e contexto certos, sustentadas por confiança e entrega real de valor. A marca, nesse cenário, não é vaidade: é o que garante ser lembrado quando o comitê de compra se reúne.

Sylvio Leal, Head de Marketing LATAM Sinch

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Agora, você pode.

NOVIDADES.

→ Perplexity lançou assistente de voz, navegador espião, quer comprar o Chrome e lançou parceria com a Motorola. — Será que eles que vão liderar o mundo de anúncios segmentados por IA?

Anúncios no Threads estão disponíveis para todos. — E ai, vai ser um dos primeiros a testar?

→ Campanhas do Advantage+ agora tem etiquetas de promoção automática. — menos trabalho para equipe criativa e mais resultados automáticos.

→ Campanhas do LinkedIn agora tem integração com qualificação de leads. — permitindo uma integração automática entre os departamentos de marketing e vendas.

→ Já pensou em assistir 04 canais de TV ao mesmo tempo? O youtube sim. E agora, creators no youtube podem responder comentários por voz. — indicando uma mudança de perfil no consumo de conteúdos em video.

→ Reddit entra na lista de melhores ROAS para anúncios online. — Consolidando-o como plataforma para marcas.

→ Fazer compras do Shopify direto pelo chatGPT? Esse dia está chegando. — Sua marca já é “promptable”?

→ Já pensou se os anúncios pausassem suas séries? A Roku está querendo fazer isto.

CHARGE.

INSIGHT.

M2M - Marketing Machine 2 Machine

Em 2018, eu disse que, em breve, as máquinas tomariam decisões de compra por nós. E que, quando isso acontecesse, propaganda perderia o sentido. Errei.

Esse futuro já está batendo à porta. E surpresa: as máquinas também são influenciadas por propaganda. Só que de outro jeito.


Decisões por IA: um gap de confiança (cada vez mais curto)

A nova pesquisa global “B2B Tech Buying” ² revelou que o uso de IA nas decisões de compra B2B dobrou: de 20% para 40%. E mais, esse grupo prefere usar IA para comprar. Por outro lado, 90% ainda sente a necessidade de checar se a IA não está viajando. Ou seja: ainda não confiamos na IA para tomar decisões de compra, mas isto está mudando.

Já havíamos trazido esses sinais na edição especial “AI Marketing Roadmap”:

🔷 3 em cada 5 consumidores querem usar IA para tirar dúvidas, caçar promoções e conhecer melhor os produtos*
🔷 75% confiam na IA para ajudar nas decisões*
🔷 47% preferem usar chatbots em vez do Google*
🔷 42% já integram IA nas compras do dia a dia*

*Veja as fontes na edição especial

Calma, ainda não é amanhã

Sim, em algum momento vamos terceirizar decisões de compra para uma IA. Mas ainda estamos ajustando o cinto. Além do gap de confiança, existem claro, desafios técnicos.​

Por exemplo: como integrar esses agentes ao MCP (Model Context Protocol) — o padrão aberto desenvolvido pela Anthropic que permite que assistentes de IA se conectem; ou ao novo protocolo do Google, o A2A (Agent-to-Agent Protocol).

Na nossa projeção do AI Roadmap, trouxemos uma estimativa que, até 2028, 15% das decisões diárias já serão tomadas por IA.​ Está chegando, mas não é agora.​

Quando o consumidor é uma máquina

Em breve, seu anúncio não vai mais disputar a atenção de humanos — e sim de inteligências artificiais. Um novo estudo³ da Universidade de Ciências Aplicadas da Áustria analisou como agentes de IA interagem com anúncios em portais de reservas de hotéis. A conclusão? A publicidade digital está entrando em uma nova era — e ela exige uma lógica totalmente diferente.

Modelo

Cliques em Banner

Cliques em Patrocinado

% de sucesso na reserva

GPT-4o

56

11

94,9%

Claude 3.7

55

0

86,4%

Gemini 2.0 Flash

29

4

100%

OpenAI Operator

47

20

100%

🔷 As IAs clicam, mas só se for útil
Elas não ignoram os anúncios, mas também não se deixam seduzir por emoção ou visual. O que importa é: tem dados úteis ali?

🔷 Textos vencem imagens
Banners com palavras-chave claras (“Valentine’s Day”, por exemplo) tiveram mais cliques e conversões do que imagens com o mesmo texto embutido.

🔷 API é o novo banner
No futuro, as marcas podem ter que negociar presença nos algoritmos desses agentes — não em páginas visuais. Marketing legível por máquina, com dados estruturados, será essencial. É o tal do “Prompatable Brand”.

Está na hora de se preparar para a era da IA. Veja nossa edição especial “AI Marketing Roadmap” e tenha uma visão estratégica-gerencial de como adaptar sua empresa.

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