Branding ou Brand Washing? Propósito de marca está ultrapassado.

CRO é a profissão de maior crescimento no Brasil, contratações de CMOs cresce 45%, Benchmarks de e-mail marketing na América Latina e mais...

A gente piscou e Janeiro já quase acabou!

Essa semana foi atropelada por um caminhão de relatórios e pesquisas. Enquanto a mídia de massa estava preocupada com o banimento do TikTok nos Estados Unidos, nós estávamos aqui, lendo todos relatórios para economizar pelo menos 10h na semana para você.

  • Piscou, Mudou:

    • O Boom dos CMOs e CROs

    • Benchmark de E-mail marketing na América Latina

    • + 7 notícias rapidinhas

  • Brand Washing: novos estudos mostram que o propósito de marca pode estar ultrapassado.

PISCOU, MUDOU.
Notícias que você não pode perder.

 O boom de CMOs e CROs

O número de contratações para os cargos de Chief Marketing Officer e Chief Revenue Officer cresceu 45% este ano, puxados principalmente pelo setor tech. O perfil das 310 contratações que aconteceram em empresas globais com +200 funcionários tinha as seguintes características:

  • Mulheres com 58% x Homens com 42%

  • Contratados externamente (83,9%) x Promovidos internamente (16,1%)

  • Ocupando o cargo de CMO pela primeira vez: 39,4%

  • Tempo médio de experiência: 24,7 anos.

  • Diversidade caiu pela metade com 13%

  • Vagas remotas caíram pela metade com 12,9%

  • Background em agências: 6,8%

Além disso, segundo o LinkedIn, o cargo com crescimento mais acelerado de contratações no Brasil é o de CRO (Chief Revenue Officer).

Benchmarks de E-mails na América Latina

Sua caixa de entrada pode estar cheia de emails não lidos, mesmo assim eles não chegam nem perto dos 15,5 bilhões de emails analisados para criação do relatório “Email Marketing para 2025 e muito além”, que definiu novos parâmetros de benchmark para quem trabalha na caixa de entrada da web:

Métrica

E-mail em massa

Segmentado

Baseado em comportamento

Baseado na jornada

Taxa de abertura

18,20%

20,60%

26,56%

29,79%

CTOR

6,99%

8,08%

16,87%

8,30%

Cancelamento

6,84%

9,04%

37,47%

7,80%

Conversão

0,16%

0,20%

0,47%

0,28%

A nova bola da vez é a hiper personalização (que aliás, foi o grande tema da NRF Retail’s Big Show 2025, a maior e mais tradicional feira de varejo do mundo). De fato, no e-mail marketing, as ações personalizadas tem aproximadamente 3X mais resultado. Por outro lado, ainda é considerado super invasivo, apresentando uma taxa de cancelamento aproximadamente 5,5x maior.
[1]

Larissa Dias, faz parte da rede #M15.

Rapidinhas:

FIQUE ATUALIZADO.
Uma visão aprofundada no tema da semana.

O ano de 2024 no universo do marketing foi marcado rebrandings, por iniciativas DEI e pelas marcas destacando seu impacto positivo e propósitos transformadores como bandeira. Mas, será que esse discurso ainda cola em 2025?

A série de relatórios “Prosumer” (producer + consumer) oferece uma visão atualizada sobre o perfil dos consumidores. A última edição, intitulada “Restoring Trust”, argumenta que, embora as pessoas estejam tentando ser menos desconfiadas e mais espirituais, isso não se aplica a como elas veem as marcas.

  • Pessoas menos desconfiadas: 74% dos prosumers dizem que confiam em alguém até que se prove o contrário, um aumento dos 66% de 2018.

  • Pessoas mais espirituais: 37% da geração Z confia mais na sua comunidade religiosa do que em cientistas, contra 15% dos boomers.

No relacionamento com marcas, os consumidores esperam fatos e dados claros sobre os benefícios dos produtos (back to basics).

  • 18% dos consumidores confiam nas marcas para promoverem mudanças sociais.

  • 57% acham que quando as marcas tentam ganhar confiança, elas só estão interessadas no lucro.

  • 82% dos prosumers dizem que quanto mais a marca prova sua eficácia, mais eles confiam nas marcas.

Os dados estão alinhados ao relatório “Meaningful Brands”, que demonstrou que divulgar causas comunitárias têm menos impacto de marca do que divulgar os benefícios individuais dos produtos.

Mas para as marcas que querem ir além da descrição da funcionalidade e destaque dos benefícios do produto, nem tudo está perdido. Algumas sugestões:

  • Brand Chemistry: Este conceito sugere que as marcas devem evoluir juntamente com a mudança de valores do seu público, criando uma relação mais envolvente e significativa com eles.

  • Relevância Cultural: trata-se de marcas que se incorporam em conversas culturais, promovendo conexões genuínas e aproveitando a capacidade única das plataformas de impulsionar tendências e influenciar o comportamento do consumidor.

  • Fuga da Realidade: sugere que criar momentos de fuga da realidade para os consumidores – como o hábito de doom scrolling ou experiências imersivas – pode ser um caminho poderoso. (Quem não segue o Duolingo só pelos memes né?) –

Mas calma. Ainda acredito que toda marca e empresa deve seguir uma direção única, com uma identidade organizacional clara e que a nova força competitiva está em entregar benefícios para sociedade. O ponto é que ficar divulgando isso já soa tão démodé quanto a própria palavra démodé e não cria o desejado brand trust.

Aliás, se você quer participar das discussões sobre essa notícia, me segue no LinkedIn. A gente tem trocado ideias por lá →

Marketing 15 Minutos

Você piscou, o marketing mudou.

Already a subscriber?Sign In.Not now