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Equilíbrio Perfeito entre Marca vs Vendas
Calculadora de investimentos em mídia + notícias da semana

Curiosidade da semana: 21% dos CEOS, vem da área de marketing.¹
NESTA EDIÇÃO.
Dados: IBGE vs Meta // Social-First
Novidades: Muitas novidades no TikTok World e +
Marketing Voice: Celso Feijó, fala sobre endemicidade nas redes sociais
Big Idea + Ferramenta: Já falamos sobre a cultura de marca vs vendas. Mas qual a equilíbrio perfeito de investimento?
Parceiro #M15 em destaque:
Contagem regressiva: Faltam 2 semanas para o CMO Summit. Já estamos com as malas prontas para te encontrar onde os decisores de marketing mais importantes do país se encontram. Se você lidera marcas e quer trocar com quem move o mercado, essa é a hora.
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DADOS.
◯ Insight rápido IBGE vs META
Na última sexta-feira, o IBGE divulgou os dados do novo Censo ¹ mas, apesar de já não ser a principal fonte para quem trabalha com marketing depois que a audiência da Meta ² virou ferramenta preferida para levantar dados de comportamento da audiência em tempo real, resolvemos fazer um tira-teima:
Faixa Etária | IBGE 2025 (estimado) | META | Penetração (%) |
---|---|---|---|
20–24 | 15,7mi | 24,5mi | 155,9% |
25–29 | 15,7mi | 25,3mi | 160,9% |
30–39 | 32,2mi | 38,8mi | 120,6% |
40–49 | 30,2mi | 27,9mi | 92,4% |
50–59 | 24,6mi | 18,1mi | 73,7% |
60+ | 30mi | 17mi | 52,1% |
P.s.: a audiência da Meta considera residentes e visitantes, por isso a penetração pode ser maior que 100%
Como usar esta notícia: A ferramenta de audiência do Meta mostra representatividade suficiente para extrair bons insights populacionais e também como canal mainstream. Mas, se o seu foco está em impactar pessoas com mais de 50 anos, por exemplo, vale complementar com outros canais.

◯ Social-first: novos dados para ajudar na estratégia
A pesquisa Q2 Pulse Survey da Sprout Social ¹ revelou uma mudança profunda no comportamento digital: o que antes era separado — buscar e rolar o feed — agora se funde. A Gen Z lidera essa transição.
🔷 Search está se integrando ao Scrolling
A lógica do Google está sendo substituída pela lógica do feed.
41% da Gen Z começam suas buscas diretamente nas redes sociais;
Buscadores tradicionais (como Google) vêm em segundo lugar (32%);
11% já usam IA conversacional como primeira opção;
37% dos consumidores de todas as idades preferem redes sociais para reviews de produto;
35% usam as redes para encontrar restaurantes e atividades locais.
São tantas redes que foi necessário aparecer uma nova segmentação das plataformas.
1) Feed-Centric: redes focadas em conteúdo algorítmico, rápido e visual
Facebook (81%), YouTube (71%) e Instagram (66%) são as plataformas mais utilizadas;
Conteúdos mais buscados: receitas (50%), filmes e séries (43%), música (36%), além de moda, esporte, saúde, etc.
2) Community-Centric: ambientes baseados em troca e participação coletiva
51% pretendem gastar mais tempo em plataformas como Reddit
Entre Gen Z e Millennials, esse número sobe para 63%
3) Creator-Centric: valorizam o conteúdo autoral e a monetização de nicho
52% da Gen Z e 53% dos Millennials já usam ferramentas como Substack e Patreon
🔷 Dados controversos: Mídias mais saudáveis?
As redes não só moldam decisões de compra, moldam estilo de vida.
90% da Gen Z foi influenciada por conteúdo social em uma compra nos últimos seis meses
71% dizem que a rede teve efeito positivo na saúde mental
62% afirmam que ajudou nas decisões financeiras
64% relatam melhora na vida social graças à presença digital
Neste ponto, os dados são controversos, visto que existem vários estudos apontando para mídias sociais como detrator para saúde mental. Mas, não podemos negar que em certo aspecto, as mídias sociais deixou nossa vida como consumidor mais fácil.
Como usar: O social virou vitrine, busca e recomendação ao mesmo tempo. O consumidor não só busca mais, ele encontra.
No dia 24/06, nós vamos lançar uma edição especial sobre “Pós-Social” com um framework para esta nova era. Fique atento.
MARKETING VOICES.

Celso Feijó, Creative Lead na Cogna
Quando você trabalha profundamente com o ser humano, o resultado é outro.
A Layback cresceu 400% na pandemia sem mídia paga, porque a gente não começou pela marca, começou pela comunidade. Criamos espaços onde o lifestyle do skate acontecia, e a cerveja era só parte disso.
Anos depois, na Cogna, a lógica foi a mesma: ao invés de montar estande com folheto nos pré-vestibulares, a gente estudou o comportamento da galera, viu o que rolava no TikTok, entendeu o território, e colocamos uma batalha de rima no meio do evento. Resultado? Recorde de inscrições no vestibular.
Hoje, não dá mais pra criar de dentro pra fora. Ou você parte do olhar do público, ou sua marca nem aparece no feed.”
🎧︎ A entrevista completa com o Celso é uma aula sobre community-first e sai essa semana na série Marketing Voices do #M15.
NOVIDADES.
→ Google incentiva agências do Brasil a liderarem a gestão de dados para seus clientes.
→ O TikTok lançou uma série de novidades durante o “TikTok World 25”:
- TikTok One: plataforma criativa do TikTok;
- TikTok Market Scope: novo analytics do TikTok para medir marca;
- Novos parceiros de mensuração com MMM (Marketing Mix Modelling)
→ O TikTok agora deixa os usuários personalizarem seu algoritmo do feed. Ou seria, dando mais informações para algoritmo de personalização?
→ O Wallstreet Journal conversou com o Zuck, sobre o plano dele de “acabar com as agências” — segundo ele, deve acontecer no final de 2026.
→ VR ingressa em Retail Media com publicidade no aplicativo do vale refeição. No fim, tudo vira ads.
CHARGE.
BIG IDEIA.

A balança entre marca e vendas: ainda está desequilibrada
Na semana passada, falamos sobre um dos maiores dilemas do marketing: como equilibrar investimento entre construção de marca e ativação de vendas?
Você provavelmente já ouviu falar da famosa proporção 60:40 — 60% em marca, 40% em vendas. Citei esse número na nossa ferramenta “balança marca vs vendas”. E foi aí que nosso colega Marcos Malagris, me disse que este dado já estava desatualizado.
De onde veio a proporção 60:40?
Essa proporção ganhou fama com o livreto The Long and the Short of It (2014) ¹, de Les Binet e Peter Field. Eles mostraram que as marcas mais bem-sucedidas no Reino Unido seguiam, em média, esse equilíbrio: 60% dos investimentos em canais mais focados em construção de marca (omo TV, rádio, OOH) e 40% em canais mais focados em ativação de vendas (como search e promoções).
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Mas atenção: essa divisão se refere principalmente aos canais de mídia — o que já era complexo em 2014, ficou ainda mais difícil de medir com o avanço das campanhas multiformatos. Quando você faz social, por exemplo, está investindo em Awareness ou em Conversão?
No criativo, não existe diferenciação
Embora a proporção se aplique ao investimento em mídia, no criativo não há essa separação tão rígida. Independente do canal, a recomendação é sempre destacar os atributos da marca, mesmo em peças de performance. A orientação é construir marca enquanto se convida à ação imediata. Veja este trecho do estudo:
“Nas últimas décadas, surgiram campanhas híbridas de “brand response”, em que a ideia de marca é selecionada por sua capacidade de atuar simultaneamente como vetor de construção de marca (brand building) no longo prazo e como motor de ativação de vendas no curto prazo.
... As campanhas de brand response são apenas marginalmente menos eficazes na geração de vendas imediatas do que campanhas focadas exclusivamente em performance, e também apenas levemente inferiores às campanhas puramente de marca quando se trata de impulsionar crescimento de market share no longo prazo.”
Será que existe um equilíbrio perfeito?
Em 2019, os mesmos autores publicaram um novo estudo ,Effectiveness in Context ², que aprofunda a discussão e revela como a proporção ideal varia conforme diferentes fatores, como:
Segmento de mercado
Local de compra
Tipo de compra
Estratégia de preço
Nível de diferenciação do produto
Momento do mercado
Tamanho da marca
🔵 Spoiler: quanto mais complexa a decisão de compra, maior deve ser o investimento em marca.
Trazer todas as tabelas aqui deixaria a news carregada demais, por isso, fizemos melhor: reunimos todos esses dados em uma calculadora interativa.
Você responde algumas perguntas sobre o seu mercado e recebe a proporção ideal de investimentos, com explicações sobre o cálculo e a possibilidade de comparar com o que sua marca faz hoje. Mais praticidade impossível.

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