Panoramas RD Station

Uma coletanêa especial sobre o maior relatório de marketing e vendas do Brasil.

Nas últimas semanas, falamos bastante sobre os Panoramas RD Station 2025. Então, decidimos reunir tudo nesta edição extra; com as principais análises e algumas novas.

Sobre a relevância dos Panoramas RD Station:

Hoje, os Panoramas RD Station são a maior pesquisa sobre marketing e vendas do Brasil. Um retrato preciso de como está o nosso mercado. Para vocês terem uma ideia, as maiores pesquisas globais desse tipo costumam ter, em média, 1.500 respondentes. Os Panoramas da RD Station tem 3.800 só no Brasil. A confiabilidade estatística é altíssima — especialmente considerando a presença que a RD Station tem no mercado brasileiro, de pequenas marcas até as gigantes.

Como usar:

Quando nos deparamos com um retrato completo do segmento, pode ser difícil decidir por onde começar. Eu, particularmente, sigo este caminho:

  • Benchmark: comparo os resultados médios do mercado para identificar onde estou atrás e onde estou à frente.

  • Análise de tendências: observo o que mais variou de um ano para o outro, buscando sinais de oportunidades futuras.

Abaixo, compartilho algumas das análises que fiz.

1.  Boa integração entre marketing e vendas

Hoje, o mercado brasileiro já amadureceu bastante na integração entre marketing e vendas. E a RD Station com certeza foi um dos grandes responsáveis por essa mudança de cultura.

Veja alguns números interessantes:

  • 60% das empresas já integram marketing e vendas

  • 69% dos times de marketing acompanham os resultados de vendas

  • 61% analisam os motivos de perda

  • 62% das equipes comerciais utilizam dados históricos de marketing sobre o lead

  • 70% realizam reuniões frequentes de alinhamento entre os dois times

É verdade que ainda há espaço para melhorar: apenas 18% consideram a integração totalmente satisfatória , mas o progresso é claro. Hoje, a integração já é padrão em dois terços dos segmentos:

2.  Uma nova fase para o funil

Todas as empresas respondentes utilizam alguma estratégia de inbound ou outbound — o que nos permite assumir que, de alguma forma, todas trabalham com modelos de funil.

Curiosamente, mesmo assim, o uso declarado do funil caiu este ano.

Esse movimento parece refletir uma tendência do mercado, que passou a discutir jornadas mais complexas e não-lineares do consumidor. Mas, na prática, o funil segue sendo uma ferramenta valiosa — especialmente para integrar marketing e vendas.

Mais do que nunca, com benchmarks mais claros, ele ajuda a analisar os próprios resultados e a identificar gargalos no processo. O problema está na captação de leads? No acompanhamento? Ou em outro ponto da jornada?

A pesquisa traz benchmarks específicos para 11 segmentos, não deixe de acompanhar.

Análise feita pelo #M15 com dados do relatório e dados de mercado.

3.  Saturação da comunicação

A queda no uso de algumas estratégias de comunicação pode, na verdade, ser um sinal de maturidade. As empresas parecem estar mais seletivas, mais estratégicas. Em vez de apostar em tudo ao mesmo tempo, começam a focar no que realmente faz sentido para cada contexto e objetivo.

4.  Marketing começa a ser mais estratégico

O número de empresas que não atingem seus objetivos de marketing e vendas continua alto. Caiu de 75% para 71%, mas ainda é um patamar preocupante.

O dado sugere um problema estrutural: falta clareza na definição de metas. Tanto que a principal oportunidade de melhoria apontada pelas empresas foi exatamente essa — estabelecer metas mais claras e bem definidas.

5. Aprender a usar dados foi um grande conquista.

Aprender a usar dados foi, sem dúvida, uma das maiores conquistas do marketing brasileiro nos últimos anos. Se existe uma competência que realmente deu um salto, foi esta.

Ainda há muito caminho pela frente. Mas uma coisa é certa: o marketing movido por achismos e opiniões perdeu espaço. Hoje, decisões baseadas em dados começam, de fato, a se tornar o padrão.

6.  O novo papel das agências

Quando falamos de agências, ainda vem à mente o estereótipo: grandes estruturas criativas, muitos clientes e prêmios. Mas o Panorama de Agências e Consultorias RD mostra outra realidade:

Menores, mais ágeis e mais seletivas.

Hoje, a maioria das agências são pequenos times terceirizados, que funcionam como o “departamento de marketing compartilhado” de algumas empresas.

🔷 65% tem até 10 funcionários;
🔷 79% atendem no máximo 10 clientes;
🔷 57% estão no mercado há mais de 4 anos (um bom equilíbrio entre novas e estabelecidas);
🔷 67% cobram menos de R$ 5 mil por mês (menos que um profissional sênior CLT)
🔷 50% atendem micro e pequenas empresas;
🔷 Nichos mais atendidos: Saúde e Estética (35%), Serviços (31%), Pequenos comércios (30%).

 O mercado virou: menos micro clientes, mais médio e grande.

O mercado que sustentava as agências menores está mudando, e as próprias agências estão evoluindo com ele. Micro e pequenos negócios estão se virando com IA.
Médias e grandes empresas estão percebendo o valor de contratar times externos mais especializados (e mais em conta!)

 🔷 O número de empresas que contam com agências cresceu 23% em dois anos, (passando de 22% em 2023 para 27% em 2024).

O novo desafio: crescer com o cliente certo

Agora é a corrida das agências menores e independentes para conseguir trabalhar com as grandes marcas. Por isso, as agências estão voltando o olhar para si mesmas:

🔷 64% querem investir mais em marketing próprio;
🔷 50% querem investir em comercial;
🔷 47% citam a prospecção como principal desafio.

E isso é só o começo. Você ainda pode explorar diversos dados e análises, com recortes específicos para o seu setor.